Embrulhar o bebê recém-nascido em um paninho leve, geralmente de algodão macio, é uma técnica milenar que sobreviveu geração após geração. O intuito do charutinho — como o ato de embrulhar o bebê ficou conhecido — é simular o ambiente uterino, proporcionando uma noite de sono mais calma para o bebê e, assim, para a mamãe.
A técnica do charutinho passou a ser considerada essencial para acalmar as crianças mais agitadas. É até hoje uma das práticas mais conhecidas. Todavia, nas últimas décadas, surgiram várias questões sobre a segurança do cueiro. Vamos desmistificá-las juntas?
Quando posso fazer o charutinho?
O charutinho é recomendado para bebês mais novos. Do nascimento até cerca dos seis meses de idade, ele pode ser feito sem peso na consciência e com resultados benéficos ao sono.
O importante é abandonar o charutinho quando o bebê aprender a rolar para os lados, o que geralmente acontece próximo aos seis meses de idade. A partir desse ponto, o charutinho pode ser prejudicial ao desenvolvimento do bebê e deve ser evitado.
Quais são os benefícios que ele traz?
O cueiro pode ser uma peça importante no desenvolvimento dos bebês. Enfaixar o bebê em charutinho imita o ambiente confortável do útero. Esta reintrodução à sensação de segurança do útero ajuda o bebê a se acostumar ao ‘mundo de fora’ em seu tempo, Quando usado de maneira correta, ele traz vários benefícios tanto para o bebê quanto para os pais:
Cria uma ambientação de conforto para o bebê, o ajudando a dormir melhor à noite;
A restrição de movimento evita que o bebê acorde durante a noite por conta de reflexos involuntários do corpo;
A sensação de segurança diminui a ansiedade e a inquietação;
Mantém o bebê em uma posição favorável durante o sono;
Ameniza as cólicas.
Fazer o charutinho pode ser prejudicial para o bebê?
Até cerca de seis meses de idade — antes do bebê aprender a rolar — o charutinho, se bem feito, não apresenta risco algum.
Entretanto, estudos sugerem que charutinhos malfeitos podem acarretar na displasia de quadril; um quadro que faz com que as articulações do quadril não se desenvolvam direito, ocasionando dores.
É por isso que, para evitar a aparição deste problema, se certificar de que o bebê tem espaço suficiente para mover as pernas dentro do charutinho é de extrema importância. A displasia de quadril tem tratamento, mas é melhor evitar o risco, né?
Como enrolar o bebê no cueiro de forma correta?
Parece difícil, mas é questão de prática: daqui a pouco você consegue fazer até de olhos fechados. Para solucionar essa dúvida comum, preparamos um passo-a-passo de como fazer um charutinho super confortável e livre de riscos:
1. Estenda o cueiro em posição de losango sobre uma superfície confortável e dobre a ponta superior;
2. Posicione o bebê de barriga para cima sobre o cueiro e deixe suas mãozinhas em cima do peito.
3. Com o ‘triângulo’ direito do cueiro, enrole o bebê. A ponta do tecido deve ficar sob o bebê.
4. Com cuidado, cubra as perninhas do bebê com o ‘triângulo’ inferior. Não deixe o embrulho muito apertado nesta região.
5. Enrole o bebê com o ‘triângulo’ esquerdo do cueiro.
6. Verifique se as pernas e o quadril do bebê não estão muito restritos.
Simples, não é?